sexta-feira, 30 de junho de 2017

FUNDAÇÃO DA CONGREGAÇÃO BENEDITINA DO BRASIL NO DIA 1º DE JULHO DO ANO DE 1827 PELO PAPA LEÃO XII.


Brasão de Armas da Congregação Beneditina Brasileira 
Desenhado por Dom Gilvan Francisco dos Santos, O.S.B, em 15 de maio de 2017
Arquiabadia de São Sebastião da Bahia
Salvador, Bahia - Brasil

As quatro Abadias do século XVI no Brasil 


 FUNDAÇÃO DA CONGREGAÇÃO BENEDITINA DO BRASIL 

Dom Gilvan Francisco dos Santos, O.S.B
(Monge Beneditino)
Salvador - BA – 30 de junho de 2017 

Para melhor compreendermos, o nascimento da nossa Congregacao Beneditina Brasileira, é muito importante sabermos quais são os primeiros Mosteiros beneditinos fundados em nosso País. Já no século XVI temos em terras do Brasil quatro grandes Abadias. Inclusive o primeiro Mosteiro fundado nas terras do Brasil, na cidade de São Salvador da Bahia é também o primeiro das Américas. Estes importantes Mosteiros foram:

1º- Mosteiro, Abadia de São Sebastião a primeira das Américas foi fundada em 1582 no Estado da Bahia na cidade de São Salvador.

2º- Mosteiro foi fundado na cidade de Olinda – Pernambuco. Esta fundação realizou-se em 1586 e 1592, tendo como Padroeiro do Mosteiro Nosso Pai São Bento.

3º- Mosteiro foi fundado na cidade do Rio de Janeiro. Esta fundação teve início no ano de 1590, a qual foi dedicada a Nossa Senhora de Montserrate.

4º- Mosteiro foi fundado na cidade de São Paulo. Esta fundação concretizou-se no ano de 1598, também dedicada a Virgem Maria, com o nome de Abadia de Nossa Senhora da Assunção.

Pois bem, estas Abadias estiveram ligadas a Portugal até o ano de 1827 quando foram desligadas da Congregação Lusitana, com Sede no Mosteiro de Tibães.

A Congregação de Portugal foi criada pelo Santo Padre o Papa Pio V. Dom José Endres nos diz:

“Entretanto o Santo Padre o Papa Pio V, concedeu as bulas desejadas. Por isso, o Senhor Cardeal D. Enrique pediu ao Geral da Espanha enviasse pela 2ª vez o Pe. Fr. Pedro de Chaves para a execução delas. Em Alcobaça deram-lhe o Rei e o Senhor Cardeal, executor das bulas de SS. o Papa Pio V. o título e dignidade de Dom Abade de Tibães, Casa destinada a ser a cabeça da nova Congregação em Portugal, a 22 de julho de 1569. Foi nomeado Geral por 10 anos, conforme o decreto pontifício que lhe facultava designar Geral e Abades para qualquer mosteiro que vagasse” (ENDRES, p. 29).

Sendo assim, tudo que era executado nos Mosteiros do Brasil dependia do aval da Abadia de São Martinho de Tibães em Portugal. Isso ocorreu até 1º de julho do ano de 1827 quando da criação da Congregação Beneditina Brasileira, desligando assim as citadas Abadias brasileiras, da Congregação Luzitana, pela Bula “Inter gravissimas curas” do Santo Padre o Papa Leão XII. Assim proclama o Papa no valioso documento:

“Sendo…efetivamente constituída a nova Congregação dos monges de S. Bento do Império do Brasil, nós lhe liberalizamos, para sempre, todos os privilégios, isenções, honrarias prerrogativas de que consta que dantes foram legitimamente concedidos à congênere Congregação existente em Portugal” (Bula “Inter gravissimas curas” de 1 de julho de 1827. Col. Doc. n.º 26 e 27). (ENDRES, p. 142).

Aqui, desejo reverenciar também a figura veneranda daquele que diante de muitos sofrimentos não permitiu que a Ordem de Nosso Pai São Bento acabasse no Brasil, o grande restaurador, o nosso Reverendíssimo Dom Abade, Frei Domingos da Transfiguração Machado, O.S.B, nosso primeiro Abade Geral vitalício, bem como todos os monges restauradores que saíram de suas Abadias na Europa, principalmente a importante Arquiabadia de São Martinho de Beuron, Alemanha, que ficou a frente da restauração da Ordem Beneditina em nosso país.

Que Nosso Pai São Bento interceda por todos nós! Amém.

REVERENDÍSSIMO DOM ABADE FREI DOMINGOS DA TRANSFIGURAÇÃO MACHADO, O.S.B
(Restaurador da Congregação Beneditina Brasileira)

Nasceu em 16 de novembro de 1824 em Santo Amaro de Catu, Ilha de Itaparica, Bahia.

Professou seus votos em 24 de junho de 1843.

Ordenado Sacerdote em 03 de dezembro de 1847.

Eleito Abade do Mosteiro de São Bento da Bahia em 07 de maio de 1890.
2ª vez em 15 de maio de 1893.
3ª vez em 20 de maio de 1896.
Vitalício nomeado pelo Papa Leão XIII em 1º de julho de 1898.

Foi nomeado Abade do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro pela Santa Sé no ano de 1902.

Faleceu em 1º de julho de 1908, com 84 anos de idade, 66 de Profissão e 61 de Sacerdote. 

Brasão de Armas do Reverendíssimo Dom Abade Frei Domingos da Transfiguração Machado, O.S.B

Arquiabadia de São Martinho de Beuron - Alemanha

Arquiabadia de São Martinho de Beuron - Alemanha, de onde veio os monges para a restauração da Ordem de São Bento no Brasil na segunda metade do século XIX. 

Arquiabadia de São Martinho de Beuron- Alemanha

REFERÊNCIA


ENDRES, Lohr José. A Ordem de São Bento no Brasil quando Província 1582-1827. Salvador – BA: Editora Beneditina Ltda. 

 Ut In Omnibus Glorificetur Dei 

sábado, 3 de junho de 2017

HEROÍSMO NA INFÂNCIA, ANTONIETA MEO, UM EXEMPLO A SER SEGUIDO EM NOSSO TEMPO


Dom Gilvan Francisco dos Santos, O.S.B
(Monge Beneditino)
Salvador - BA – 03 de junho de 2017 


INTRODUÇÃO 

Hoje, cumpro mais um desejo, o de falar sobre uma figura muito querida para mim, a qual tive a felicidade de conhecer através de um belo texto escrito na revista 30 dias, a alguns anos atrás, que falava sobre uma criança de apenas 6 aninhos de idade. Um belo texto intitulado: “Haverá santos entre as crianças!”. Este pequeno texto falava da Serva de Deus, Antonieta Meo ou Nenolina como era chamada carinhosamente. Esta menina teve uma vida mística intensa tal como os grandes santos da Igreja que conhecemos. Nesta idade em que pensamos nós que a razão está em formação, o Espírito Santo suscitou nela, posso dizer, com toda a certeza, um ardor diferente nessa tão pouca idade. E sem dúvida é justamente esse ponto que faz Antonieta especial na vida da Igreja.

Para mim duas coisas tornam Antonieta Meo especial na vida da espiritualidade. A primeira delas é o seu alto grau de conhecimento de Jesus Cristo manifestado justamente e principalmente na Cruz. A segunda é a sua pouca idade para tal conhecimento.

Quantas vezes, nós, de idade adulta, custamos a aceitar a nossa cruz; cruz esta, que a vida nos impõe. Questionamos a Deus, nos entristecemos e até nos desesperamos nas horas que os sofrimentos nos aparecem. Pois é! Não foi assim na vida da Serva de Deus Antonieta Meo. Ela sofreu até o fim sem nem sequer se queixar das grandes dores que sofria. Chegando até a amputar uma das pernas devido ao câncer. Ela dizia que deu a sua perna a Jesus, de presente, para a salvação das almas. A família e o médico ficavam admirados com a forma e a força como ela encarava os seus sofrimentos.

Vejamos agora uma pequena biografia da sua extraordinária e santa vida. 


Altar com os valiosíssimos relicários onde conservam-se fragmentos da coluna da flagelação, um dos cravos, o dedo de S. Tomé, uma parte da Santa cruz, um espinho da coroa de Cristo. 
Basílica da Santa Cruz de Jerusalém, Roma - Itália. 

As Sagradas Relíquias guardadas na Basílica da Santa Cruz de Jerusalém em Roma. 

Detalhe da Fachada da Basílica da Santa Cruz de Jerusalém, Roma - Itália.

DADOS BIOGRÁFICOS

- NASCEU: No dia 15 de dezembro de 1930, Roma, Itália.

- NOME COMPLETO: Antonieta Teresa Gabriela Rosa Meo.

- PAIS: Miguel Meo e de Maria Ravaglioli.

- FALECEU: No dia 03 de julho de 1937 em Roma.

- SEPULTURA: Na Basílica da Santa Cruz de Jerusalém em Roma, Itália.

- VIRTUDES HEROICAS: Reconhecidas em 17 de dezembro de 2007, e foi declarada “Venerável” pelo Sumo Pontífice o Papa Bento XVI.

- CAUSA DE BEATIFICAÇÃO: Promovida pela venerável Armida Barelli, no ano de 1942. A causa foi logo confiada ao postulador, Pe. Antônio Cairoli, em 1962 e o processo no tribunal do Vicariato de Roma foi instruído em 7 de abril de 1968.


SERVA DE DEUS ANTONIETA MEO (Nenolina)
MÍSTICA ENTRE AS CRIANÇAS
*15 de dezembro de 1930
+ 03 de julho de 1937

Quando nos referimos aos Santos místicos vem logo ao nosso pensamento grandes figuras do cristianismo como Nosso Pai São Bento de Núrcia, Abade (480-547), São Bernardo de Claraval, Abade (1090-1153), Santa Hildegard von Bingen, Abadessa (1098-1179), São Francisco de Assis (1181-1226), Santa Ângela de Folinho (1248-1309), Santa Gertrudes de Helfta (1256-1302), Santa Catarina de Sena (1347-1380), Santa Teresa d’Ávila (1515-1582), São João da Cruz (1542-1591), Santa Verônica Giuliani (1660-1727), Santa Gemma Galgani (1878-1903), São Pio de Pietrelcina (1887-1968), Santa Faustina Kowalska (1905-1938), bem como outras ilustres figuras que brilharam de modo singular na vida da Igreja de Jesus Cristo, devido ao seu alto grau de união com Deus. Porém, uma pessoa pode ser um místico sem nunca ter tido visões, como estes grandes santos tiveram. Um caso bastante interessante é o da Serva de Deus Antonieta Meo chamada carinhosamente de Nenolina.

Quem foi Antonieta Meo? Foi uma criança de apenas 6 anos de idade, que como podemos ver, não teve muitos anos de vida e no entanto possuiu um dom altamente místico. E, estes grandes momentos estão relatados em suas numerosas cartinhas.

Antonieta Teresa Gabriela Rosa Meo Nasceu em 15 de dezembro de 1930 em Roma, Itália. Era filha de Miguel Meo nascido em Bríndisi e de Maria Ravaglioli que era natural de Forli. Maria Ravaglioli era bastante religiosa. Educando assim os filhos na fé. E desde muito cedo colocava os seus pequenos para conhecerem as coisas santas da religião.

Esta criança de Deus é um caso bastante curioso na cristandade. Diante da vida de Antonieta podemos aplicar aquela passagem do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocutaste estas coisas aos sábios e doutores e as revelastes aos pequeninos” (Mt 11, 25). Onde nem imaginamos, Deus age de uma maneira que não conseguimos enxergar certas realidades, e a nossa razão não alcança. Na vida de Nenolina podemos perceber aquela máxima “Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos”. Nesta, vemos claramente as riquezas do Evangelho.

Nenolina trazia um espírito de sacrifício que impressionava a todos aqueles que se aproximavam dela. Era uma verdadeira marte. Pois sofreu atrozmente com um sarcoma na perna, chegando mesmo a amputá-la sem que nunca murmurasse nem mesmo quando foi feita a dolorosa cirurgia de amputação. Os médicos ficaram muito impressionados com a grande força interior da pequena Antonieta. Ela dizia que deu sua peninha como presente a Jesus e, as dores que sentia, entregava a Jesus para conversão e salvação das almas”. E dizia: "Não perdi uma perna, a doei a Jesus". A pequena Nenolina oferecia cada dor pela conversão dos pecadores, pelas missões, pela família, pela Igreja, pelo Papa. Fez-se vítima de expiação (BESEN, 2009, p. 8).

Falando de Antonieta Meo o nosso Sumo Pontífice o Papa emérito Bento XVI assim falou em relação a serva de Deus em um de seus numerosos discursos:

Nenolina alcançou o cume da perfeição cristã que todos somos chamados a escalar, percorreu velozmente a estrada que leva a Jesus. Sua existência, tão simples e ao mesmo tempo tão importante, demonstra que a santidade é para todas as idades: para as crianças e os jovens, para os adultos e idosos. Cada estação de nossa existência pode ser boa para decidir amar Jesus e para segui-lo fielmente (BESEN, 2009, p. 7).

E prossegue: 

Fiquei feliz por terdes citado uma menina, Antônia Meo, conhecida como Nennolina. Exatamente há três dias decretei o reconhecimento das suas virtudes heróicas e espero que a sua causa de beatificação possa concluir-se depressa com bom êxito. Que exemplo luminoso deixou esta vossa pequena coetânea! Nennolina, menina romana, na sua brevíssima vida somente seis anos e meio demonstrou uma fé, uma esperança e uma caridade especiais, e deste modo também as outras virtudes cristãs. Embora sendo uma frágil menina, conseguiu dar um testemunho forte e robusto do Evangelho e deixou um profundo sinal na Comunidade diocesana de Roma. Nennolina pertencia à Ação Católica: certamente hoje estaria inscrita na A.C.R.! Por conseguinte, podeis considerá-la uma vossa amiga, um modelo no qual vos inspirar. A sua existência, tão simples e ao mesmo tempo tão importante, demonstra que a santidade é para todas as idades: para as crianças e para os jovens, para os adultos e para os idosos. Cada estação da nossa existência pode ser oportuna para se decidir a amar seriamente Jesus e para o seguir fielmente. Em poucos anos Nennolina alcançou o cume da perfeição cristã que todos somos chamados a escalar, percorreu velozmente a "superestrada" que conduz a Jesus. Aliás, como recordastes vós próprios, é Jesus a verdadeira "estrada" que nos leva ao Pai e à sua e nossa casa definitiva que é o Paraíso. Vós sabeis que Antônia agora vive em Deus, e do Céu está próxima de vós: senti-a presente convosco, nos vossos grupos. Aprendei a conhecê-la e a seguir os seus exemplos. Penso que ela também ficará contente por isto: ser ainda "envolvida" na Ação Católica! 

(DISCURSO DO PAPA BENTO XVI NO ENCONTRO NATALÍCIO COM OS JOVENS DA AÇÃO CATÓLICA ITALIANA Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2007).

Em uma das suas numerosas cartinhas datada de 12 de novembro de 1936, assim Antonieta se expressa em relação a mortificar-se pelas almas:

“Dá-me almas, eu Te peço, para que as faças boas, e com as minhas mortificações eu farei que elas se tornem boas” (Arautos do Evangelho. Ano XII, n. 144, 2013, p. 36).

E em uma outra de 23 de novembro do mesmo ano diz:

“Caro Deus pai, eu sei que teu Filho sofreu muito, mas dize-Lhe que eu, para reparar nossos pecados, farei muitos sacrifícios” (Idem, p. 36).

E ainda:

“Caro Jesus, ofereço todos os meus sacrifícios em reparação dos pecados que os pecadores cometerem” (Carta de 09 de abril de 1936) (Idem, p. 36).

E para saborearmos mais deste dom divino dado a esta Serva de Deus, vejamos o que nos fala em sua última carta.

Caro Jesus crucificado, eu te quero muito bem e te amo muito, eu quero estar no Calvário contigo e sofro com alegria porque sei que estou no Calvário. Caro Jesus, eu te agradeço porque me mandaste essa doença, que é um meio para que eu chegue ao paraíso. Caro Jesus, dize a Deus Pai que amo muito também a ele… Caro Jesus dá-me a força necessária para suportar as dores que te ofereço pelos pecadores… Caro Jesus dize á mãezinha do céu que a amo muito e quero estar com ela no Calvário, porque quero ser tua vítima de amor, caro Jesus (2.6.1937), (BORRIELLO, 2003; p. 84).

Aqui Antonieta Meo dá a conhecer o seu Espírito Místico o dom precioso que o Espírito Santo lhe concedeu. Com isso podemos mostrar que o Espírito sopra onde, quando e em quem Ele quer (Jo 3,8). Àqueles santos que mencionei acima, Deus concedeu um dom especial que só pertence a seus desígnios tanto é, que, nem o receptor do dom tem a clareza deste mesmo dom recebido. São Bernardo de Claraval diante de um êxtase que teve, assim se expressa:

Ocorre às vezes que a alma é de tal forma arrastada para fora de si, separando-se de seus sentidos corporais, que não sente mais a si mesma, pois só é capaz de sentir o verbo. Isto se realiza quando o espírito, encantado com a doçura do verbo inefável, rouba-se por assim dizer a si mesmo, ou melhor é arrebatado e tirado a si para gozar o verbo (SÃO BERNARDO DE CLARAVAL, 1090-1153).

Igualmente nos diz também o Papa São Gregório Magno (540-604) no livro de seus Diálogos, a respeito de um êxtase que teve Nosso Pai São Bento de Núrcia, quando rezava em sua cela. 

Enquanto os monges dormiam, o homem de Deus ficou acordado, esperando a hora da oração noturna. Estando de pé, diante da janela, rezava a Deus onipotente, quando da escuridão mais profunda surgiu de repente uma luz que do alto afugentava as trevas da noite, difundindo uma claridade tão intensa que superava até mesmo a claridade do dia (GREGÓRIO MAGNO, Diálogo, cap. 35).

Antonieta Meo teve reconhecidas suas virtudes heroicas em 17 de dezembro de 2007, e foi declarada “Venerável” pelo Sumo Pontífice o Papa Bento XVI. Por isso sua vida de heroísmo diante dos grandes sofrimentos que a assaltaram, ela constitui uma testemunha da santidade para todas as crianças que sofrem. Certamente Nenolina está lá dos céus intercedendo de modo especial por todas as criancinhas que estão sofrendo e também por todos aqueles que recorrem a sua intercessão.

Seu sagrado corpo se encontra sepultado na Basílica da Santa Cruz de Jerusalém em Roma, Itália. 


FOTOGRAFIAS E DESENHOS DA 
SERVA DE DEUS ANTONIETA MEO (Nenolina)
































Oração para obter graças pela intercessão da 
Serva de Deus Antonieta Meo, (Nenolina) (1930-1937)


Ó Deus, Pai dos humildes, nós te agradecemos porque, na menina Antonieta, nos destes uma imagem viva do teu Amor e da tua Sabedoria revelada aos pequeninos. Tu, que lhe deste a graça de está unida à cruz do Senhor Jesus, e de sofrer com fortaleza e com alegria, glorifica-a agora também na terra para que seja, para todo, um exemplo luminoso de fidelidade ao Evangelho. Concede também a nós seu amor simples e ardente à Eucaristia e à Igreja; vem ao encontro da nossa pobreza e, por sua intercessão, segundo tua Santa Vontade, dá-nos a graça que pedimos com confiança (faça o pedido). Amém.

(Pai-Nosso, Ave-Maria)


VÍDEOS 

1- A BELA HISTÓRIA DA SERVA DE DEUS ANTONIETA MEO (Nenolina), (1930-1937).




2- A SERVA DE DEUS ANTONIETA MEO (NENOLINA), (1930-1937). 



REFERÊNCIAS

BÍBLIA DE JERUSALÉM: Nova edição, revista e ampliada. São Paulo: Paulus, 2002.

BESEN, Artulino José. Antonieta: A pequena Missionária da Cruz. 1ª Edição – Florianópolis: Mundo e Missão, 2009.

BERNARDO, Sermão sobre o Cântico dos Cânticos 85,13, apud, SANTOS, Luis Alberto Ruas. Um monge que se impôs a seu tempo: pequena introdução com ontologia à vida e obra de São Bernardo de Claraval / Luis Alberto Ruas Santos, São Paulo: Musa Editora; Rio de Janeiro: Edições Lumem Chriti do Mosteiro de S. Bento, 2001.

DICIONÁRIO DE MÍSTICA, / dirigido por L. Borriello, E. Caruana, M. R. Del Genio, N. Suffi. – São Paulo: Paulus: Loyola, 2003.

GREGÓRIO MAGNO, São. São Bento: Vida e Milagres/São Gregório Magno; Dom Gregório Paixão, O.S.B. Salvador: Edições São Bento,2002.

Revista Arautos do Evangelho. Ano XII, n. 144, dezembro 2013. 

Ut In Omnibus Glorificetur Deus (RB 57, 9) 

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OUTROS TEXTOS SOBRE A SERVA DE DEUS ANTONIETA MEO


DISCURSO DO PAPA BENTO XVI
NO ENCONTRO NATALÍCIO COM OS JOVENS
DA ACÇÃO CATÓLICA ITALIANA

Quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Queridos jovens da Acção Católica

Com grande alegria dou-vos as boas-vindas. A vossa visita de hoje à casa do Papa está a indicar que já estamos próximos da grande festa do Santo Natal, uma festa muito esperada, especialmente por vós, jovens. Dirijo a cada um a minha afectuosa saudação, com um vivo agradecimento pelos sentimentos e orações que me garantistes em nome dos vossos amigos da A.C.R. e de toda a grande família da Acção Católica Italiana. Dirijo uma saudação particular ao Presidente nacional, Prof. Luigi Alici, e a D. Domenico Sigalini, que há pouco tempo nomeei Assistente-Geral da Acção Católica, e também ao Responsável e ao Assistente da A.C.R. e aos seus colaboradores, fazendo-a extensiva a todos os que cuidam da vossa formação humana, espiritual e apostólica.

Fiquei feliz por terdes citado uma menina, Antónia Meo, conhecida como Nennolina. Exactamente há três dias decretei o reconhecimento das suas virtudes heróicas e espero que a sua causa de beatificação possa concluir-se depressa com bom êxito. Que exemplo luminoso deixou esta vossa pequena coetânea! Nennolina, menina romana, na sua brevíssima vida somente seis anos e meio demonstrou uma fé, uma esperança e uma caridade especiais, e deste modo também as outras virtudes cristãs. Embora sendo uma frágil menina, conseguiu dar um testemunho forte e robusto do Evangelho e deixou um profundo sinal na Comunidade diocesana de Roma. Nennolina pertencia à Acção Católica: certamente hoje estaria inscrita na A.C.R.! Por conseguinte, podeis considerá-la uma vossa amiga, um modelo no qual vos inspirar. A sua existência, tão simples e ao mesmo tempo tão importante, demonstra que a santidade é para todas as idades: para as crianças e para os jovens, para os adultos e para os idosos. Cada estação da nossa existência pode ser oportuna para se decidir a amar seriamente Jesus e para o seguir fielmente. Em poucos anos Nennolina alcançou o cume da perfeição cristã que todos somos chamados a escalar, percorreu velozmente a "superestrada" que conduz a Jesus. Aliás, como recordastes vós próprios, é Jesus a verdadeira "estrada" que nos leva ao Pai e à sua e nossa casa definitiva que é o Paraíso. Vós sabeis que Antónia agora vive em Deus, e do Céu está próxima de vós: senti-a presente convosco, nos vossos grupos. Aprendei a conhecê-la e a seguir os seus exemplos. Penso que ela também ficará contente por isto: ser ainda "envolvida" na Acção Católica!

Estamos no período de Natal e gostaria de vos formular votos de alegria e de serenidade, mas permiti que, junto com estes votos, faça outro para todo o ano que daqui a pouco iniciaremos. Faço-o aproveitando o vosso slogan para o ano de 2008: que possais caminhar sempre com alegria na estrada da vida com Jesus. Um dia, Ele disse: "Eu sou o caminho" (Jo 14, 6). Jesus é a estrada que conduz à verdadeira vida, aquela que nunca acaba. Com frequência, é uma estrada estreita e íngreme, mas se nos deixarmos atrair por Ele, é sempre maravilhosa, como uma vereda de montanha: quanto mais se sobe mais é possível admirar do alto novos panoramas, mais bonitos e vastos. Há o cansaço do caminho, mas não se está só: ajudemo-nos reciprocamente, esperemos, demos uma mão a quem está atrasado... O importante é não se perder, não perder o caminho, caso contrário, corre-se o risco de acabar dentro de um precipício, de se perder no bosque! Queridos jovens, Deus fez-se homem para nos mostrar o caminho, aliás, fazendo-se menino, fez-se Ele próprio "Caminho", também para vós: foi como vós, teve a vossa idade. Segui-o com amor, segurando cada dia a vossa mão na sua.

Isto que digo a vós vale também para nós, adultos. Portanto, desejo que toda Acção Católica Italiana caminhe unida e activa na estrada de Cristo, para testemunhar, na Igreja e na sociedade, que este caminho é bom; é verdade que requer empenho, mas conduz à alegria autêntica. Confiemos estes votos, que são também oração, à materna intercessão de Maria, Mãe da Esperança, Estrela da Esperança. Ela, que aguardou e preparou com trepidação o nascimento do seu Filho Jesus, nos ajude também a celebrar o próximo Natal num clima de profunda devoção e íntima alegria espiritual. Acompanho os meus votos mais afectuosos com uma especial Bênção Apostólica a vós, aqui presentes, aos vossos entes queridos e à inteira família da Acção Católica. Bom Natal!



Para que em tudo seja Deus glorificado (RB 57, 9)